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EVO Cast #2 – O mercado fitness está ficando para trás e a culpa é sua! | Valério Ferreira

Written by Randall Neto | Jun 7, 2018 11:07:58 AM

Saiba porque o mercado fitness está ficando para trás e o que você pode fazer para ajudar a reverter essa situação!

Saiu mais um episódio do nosso podcast, o EVO Cast! E dessa vez, nosso convidado é o sócio-fundador e CEO da W12, Valério Ferreira.

Nesse episódio, Valério vai abordar um assunto que foi tema de sua palestra na IHRSA 2017 e tem atingido muitos gestores: o mercado fitness está ficando atrás e a culpa é sua!

 

  • Porque o mercado fitness não evolui no mesmo ritmo que os outros segmentos e por quê isso acontece.
  • Como despertar a necessidade da inovação nos gestores a partir da tecnologia para melhorar os resultados das academias.
  • Exemplos de sucesso de empresas de diferentes segmentos que escolheram deixar de lado o formato clássico de atendimento para inovar e acompanhar o mercado.
  • O que o gestor deve e, principalmente, o que NÃO deve fazer se quer ver seu negócio prosperar.
  • E  muito mais!

https://w12.podbean.com/e/evocast-4-atendimento-vip-com-a-especialista-noara-pozzer/

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Transcrição do EVOCast #2 – Valério Ferreira

Olá pessoal eu sou Randall. Cada vez mais em vias de me tornar o ex advogado dessa empresa e começar a conversar mais com vocês sobre o EVO, sobre os nossos produtos sobre as nossas funcionalidades e o que a gente pode fazer por vocês. Uma dessas coisas um desses canais de comunicação que eu vou ter com vocês é o EVOCast que é esse momento aqui em que a gente bate papo hoje com o Valério Ferreira, sócio fundador da W 12 um dos pais do EVO tem o DNA do EVO só fazer um exame de paternidade vai ter o DNA do Valério lá que veio de outros mercados veio do mercado de telecomunicações e algumas outras coisas ele vai falar para gente e a gente vai conversar sobre o mercado fitness se ele está ficando pra trás se ele está ultrapassado. E o que é que podemos fazer para evitar que isso aconteça mais antes o Valério vai contar para a gente ainda nessa pegada tem muito a ver com esse tema. Como é que ele criou o EVO como é que ele chegou no EVO ele e o sócio dele.

Valério
Olá obrigado Randall. Essa questão de mercado atrasado é essa a minha visão de mercado fitness e que ele fica um pouco atrás. é justamente por causa disso que você falou eu vim de outros mercados trabalhei em algumas multinacionais antes de abrir minha própria empresa e isso me trouxe uma bagagem mas é uma experiência muito bacana. E como usuário de academia na época eu já percebia a discrepância entre a experiência que você tinha dentro da academia versus a experiência que você tinha em outras empresas e isso já lá trás em 2006, 2007. E aí eu e um sócio a gente teve a ideia de fazer um software para academias também que era muito legal. Seria muito bacana até hoje esse é um software que hoje seria revolucionário na época então era uma coisa realmente muito à frente do mercado. E aí a gente montou montou essa empresa, montou esse produto e a gente foi apresentar e a gente ia tentando vender esse produto para o gestores de academia. E aí o cara sempre virava para a gente falava assim legal legal de vocês, mas eu não tenho a menor condição de bancar essa operação aqui dentro. Para manter esse produto funcionou “mas deixa eu te fazer a pergunta, você não tem um software de gestão nessa qualidade aí não?” e eu ouvi isso oitenta e tantas vezes né. Toda apresentação eu ouvia isso e isso ficava na minha cabeça ficou martelando e martelando. Até o ponto quente que a gente realmente concordou de que a nossa tentativa não tinha dado certo. Eu e o Ari né, que somos os dois sócios originais, a gente resolveu fazer eu fazer o EVO. Então foi juntando a experiência o Ary também trabalhou comigo em outros lugares onde a gente juntou a experiência de outros mercados para oferecer um pouco disso tentar oferecer um pouco isso para fitness.

Randall
Bom a gente está falando então de algo de dez anos atrás alguma coisa assim. De lá pra cá obviamente o mercado evoluiu e obviamente você participou da evolução desse mercado também. Hoje em dia você ainda considera que esse mercado o mercado fitness ele está atrasado em relação aos outros mercados?

Valério
Eu acho que sim. O fitness está muito atrasado em relação a outros mercados é interessante você vê de dez anos pra cá mercado. Se você pegar os últimos dez anos o mercado se moveu muito pouco ou quase nada. Nos primeiros sete ou oito anos. E aí depois precisou tomar um chacoalhão, um baque para que as pessoas começassem a perceber a necessidade de oferecer coisas diferenciadas além de oferecer uma experiência diferente. Então muito pouco foi feito nos primeiros sete ou oito anos desde que eu comecei e é alguma coisa bastante coisa foi feita nesses dois anos ainda bem. Então você vê agora realmente não vou dizer que o mercado revolucionou nada disso, mas você começa a ver realmente um movimento de mudança nas pessoas procurando alternativas modelos de negócio diferentes. Você tem hoje os boxes, você tem a questão dos estúdios pequenos. Então tudo isso sinalizando que finalmente as pessoas perceberam a necessidade de inovar e de se equiparar a outros mercados.

Randall
A questão da inovação foi algo que te moveu no início a criar alguma coisa que ainda te incomoda no bom sentido e de que maneira exatamente atuando no mercado de tecnologia e no mercado que a gente enxerga com alguma defasagem em relação aos outros. O quanto essa busca pela inovação. O quanto o papel da inovação interfere na sua tomada de decisão nos produtos e nas estratégias da empresa.

Valério
Eu prefiro encarar esse incômodo da inovação como o combustível de uma coisa que impulsiona. Eu acho que seria bacana se os gestores também tivessem essa mesma pegada. O que não acontece. Eu tenho o privilégio de trabalhar no mercado que eu adoro que é de Tecnologia e Inovação tem tudo a ver com tecnologia. Despertar isso um gestor é bastante complicado o gestor vem de outra base. E ele tem outra outro tipo de experiência muitas vezes o gestor é um ex-professor que assumiu uma academia e ele não tem essa. Esse incômodo que a gente de tecnologia tem ele não pensa essa essa ânsia de mudar de ter o mais novo de ter o mais legal de dia de fazer coisas novas. Então isso é trabalho da W12 desde o início: tentar despertar isso nas pessoas. Não só oferecer porque não adianta se oferecer um produto que é inovador se o cara não quer mina entende que é importante inovar e por muitos anos que não falei antes disso foi verdade. Então essa é uma missão importante nossa.

Randall
Então a gente percebe que você está sempre na busca de inovação de novas tecnologias novas culturas é uma coisa muito interessante hoje em dia o pessoal fala muito em cultura tem isso como arraigado enraizado nas pessoas mesmo dessas experiências em outros mercados seja no de tecnologia seja em outros que você pesquisa tenha algum exemplo de não só de inovação mas também como o de mudança brusca de paradigma que possa de repente inspirar os gestores do mercado de fitness alguma coisa que era trazer para gente assim que rolou em algum outro mercado e falar. Pow, vou pensar em alguma coisa nesse sentido também.

Valério
Quando a gente fala desse assunto mais o mais óbvio a gente começa a falar de tecnologia nem falar o iPhone isso o Google aquilo que é a coisa que todo mundo já sabe, né. Já cansou de saber. Eu tenho talvez dois exemplos de mercados que todo mundo conhece que mudaram totalmente a forma de operar nos últimos meses.

Na verdade tem pouquíssimo tempo. O primeiro é o McDonalds das lanchonetes em geral. Outro dia eu tava assistindo o filme, coincidentemente eu tava assistindo filme, aliás recomendo o Netflix sobre a história do McDonalds, o filme é muito legal. Todo mundo que é empresário deveria ver esse filme. E você vê como que negócio que começou na década de 50 muito semelhante ao que era até meses atrás. Hoje diferente do que está se tornando se você for no mercado hoje dependendo da ida à loja em São Paulo, da Faria Lima, você vai ver que as coisas mudaram. Era sempre a mesma desde 1950 tal e agora mudou agora você mesmo faz o seu pedido. O clássico no McDonalds que é você chegar até o caixa ou então a pessoa chega até você ainda durante a fila e isso está acabando a pessoa está se ela mesmo. Resolve o problema dela então o autoatendimento no McDonalds hoje é uma realidade de todo mundo e quando falo McDonalds, assim eu tô falando do mercado então se vê também Wendys ou até Madero enfim, que é nacional, mas todo mundo seguindo a mesma tendência então na minha opinião um grande paradigma sendo quebrado é uma mudança importante. Pode ser fast food pode não agradar pode não ser exemplo que agrade muito o gestor do vitrines mas é um exemplo muito bom de mercado super tradicional que está agora percebendo a importância de mudar. E outro mercado que eu tenho também que é o que é muito interessante para cada carro. Existe uma história de que a Toyota, ela desenvolveu um cheiro de carro diferente um cheiro diferente no Japão e um cheiro diferente para os Estados Unidos. O cheiro de carro novo. Na verdade eu não sei nem se essa história é verdade mais experimentar o carro onde você sente o cheiro do carro e você tem que ver. Isso também desde que o mundo viu o carro é assim e hoje está mudando. Hoje você tem dezenas talvez centenas de lojas de carro vendendo carro por Instagram. Se você segue o perfil das lojas os caras anunciam carros usados, muitas vezes, e você por ali mesmo você começa com cara já pega o contato dele e o cara manda foto do carro dele ele. Ele embarca o carro numa Cegonha o carro chega na sua casa. Muita gente fazendo negócio assim. Eu sei que soa estranho pouco, como é que você vai comprar um carro né. O troço que é o mais clássico você você não comprar sem ver, todo mundo sabe disso né. Você tem que ver o carro, tem que experimentar o carro, leva o mecânico. Hoje em dia está mudando isso hoje em dia as pessoas não compram um carro por Instagram. Então é outro mercado muito tradicional que está mudando bastante a forma de agir explorando bastante o território. Como é que uma loja em Belém do Pará com uma loja em Belém no Pará e a vender um em Fortaleza, ia vender um carro em Brasília, em Florianópolis… hoje é possível. Hoje o cara hoje as lojas de carros estão vendendo carro no Brasil inteiro. Então se você está buscando um carro, de repente, usado você não precisa se limitar à redondeza. Às lojas que você conhece. Você pode pesquisar e aí você pode comprar algo você quer do jeito que você, da cor que você quer com interior que você quer. o carro está longe, “tá bom” o carro embarca e chega na porta da sua casa.
Então com relação a essa aparente estagnação essa lentidão é acompanhar os movimentos inovadores. Tudo isto, você consegue identificar algum grande culpado ou um grande vilão. E obviamente eu sei que não vai falar de crise porque crise talvez seja um dos maiores movimentadores de inovação e de criatividade. Já sei disso, já fica aí também o toque para quem usa isso como desculpa de repente não seja essa pessoa, mas você conhece e consegue identificar um grande culpado no vilão. Pra criar essa cultura de lentidão na busca por inovação no mercado.

Eu acho eu acho que existe uma parcela muito grande. Bom primeiro obviamente o problema é cultural. Culturalmente o gestor de fitness não busca inovação. Então eu acho que essa resposta não é a resposta é quem tá ouvindo o que gostaria que eu falasse vou vamos falar um pouquinho mais. O mercado de fitness ele olha muito para o lado quando deveria olhar para o cliente, né? Especialmente muitos mercados competência e alguns mercados cometem esse erro mas o mercado Fitness comete muito esse erro. Ele olha demais para o concorrente invés de olhar pro cliente a inovação você vai ter ideias novas quando você está de olho no cliente quando você está vendo o que o seu cliente quer o que o seu cliente precisa. Muitas vezes o que ele nem sabe que ele quer é daí que vem as melhores inovações quando o cara como você identifica uma necessidade que o cliente tem que às vezes nem ele sabe que tem o gestor no fitness ele tem ele tem esse hábito de ficar olhando que aulas que o cara da outra quadra está oferecendo, quanto que outro cara tá cobrando, que horas que outro cara abre. Quem são os professores? E ai fica aquele aquele papo que eu entendo que seja importante mas até hoje a gente ouve papo de “o professor estrela da cidade” saber ficar ficar brigando por esse esses motivos regionalmente. Isso dificilmente vai te levar pra frente. Dificilmente. Pode resolver um problema para você pontual mas dificilmente você vai ter uma ideia de uma grande inovação olhando para aí. Não vai sair, não vai sair. Você não pode esperar coisa diferente fazendo o mesmo. Não tem como tem condição. Então o mercado de fitness na minha opinião ele precisa parar de olhar pro lado. Os gestores precisam parar de olhar o que o outro gestor faz está fazendo o que low cost está fazendo. Ai meu Deus a low cost! Ela isso ela aquilo. E passam a olhar o cliente e o cliente está lá cheio de demanda cheio de súplica e muitas vezes o cara não é atendido porque você ao invés de estar ligado no que ele está falando que ele tá precisando, você tá ligado no que o seu concorrente está fazendo. Essa é uma lição na verdade o que vale para qualquer mercado mas por fitness merece destaque. Culturalmente essa. Se eu fosse apontar um responsável eu acho que é essa essa mania que nosso gestor tem.

Randall
Bom essa canelada que foi dada. Que aliás é uma das nossas características. A gente costuma muitas vezes, como diz o nosso amigo Marcos Tadeu, “dar palpites não solicitados “e que às vezes podem ofender um pouco, mas deveria servir para reflexão. Fora isso fora essa questão cultural conceitual que a pessoa precisa refletir. Se você estiver pensando no cara que está ouvindo a gente agora ele vai desligar esse podcast e ele vai, se Deus quiser tá mordido pelo bicho da inquietação, da incomodação… Se você pudesse eleger uma ação pra ele desligar o dispositivo dele e colocar em prática agora ou pelo menos pra buscar isso agora para colocar ele na trilha da modernidade da inovação da quebra de paradigma, que seja, que a ação seria essa o que você pediria pra ele fazer agora assim que ele desligasse o telefone.

Valério
Eu acho que, bom vou começar respondendo antes de falar o que que as pessoas podem fazer. Fala aqui o que elas não precisam fazer. Vocês não precisam ficar obcecado com o que seus concorrente está fazendo com que a low cost está fazendo com que as training gym, que estão chegando, estão fazendo. Vocês não precisam ficar obcecados com o equipamento de vocês achando que equipamento é que vai fazer o seu negócio dá certo. O equipamento faz parte da experiência. Então o que que você pode fazer. Você pode ao invés de se preocupar com essas coisas que eu falei você pode ouvir o seu cliente com o coração. Por quê. Porque que eu falo “ouvir com o coração” porque muitas vezes não está nas palavras. A necessidade dele. Que nem eu falei antes, às vezes o nosso cliente nem sabe o que ele precisa mas se você ouvir o seu cliente com um coração você pode identificar alguma coisa com que você possa ser muito útil para ele. Você pode realmente mudar a vida de seu cliente. Agora você precisa conhecer esse cara. Não adianta você ficar trancado na sua sala olhando planilha assim eu vendo o software e eu sou o primeiro a falar. Você não pode ficar o dia inteiro olhando o software você precisa olhar seu cliente. Imagine se todos os funcionários ficarem enfiados olhando pra tela e seu cliente está lá sozinho. O software foi feito para isso o software foi feito para outra coisa. Para apoiar as suas decisões criativas e suas inovações embasar suas ideias e não para ficar com a cara enfiada no monitor batucando teclado todo dia, o dia inteiro. Então a saída para a diferenciação a saída para a inovação está no seu cliente e seu cliente dentro da sua empresa todos os dias. Entendo que o seu cliente precisa descubra o que o seu cliente precisa tenta fazer alguma coisa que vai mudar a vida dele e que vai tornar a vida dele diferente obviamente para melhor então melhor. E eu não tenho resposta para todo mundo faça isso porque cada negócio é negócio. Agora eu tenho essa essa dica que eu estou dando. Pode permitir você, que está me ouvindo, a descobrir a sua própria medida. Qual a primeira medida que eu tenho que fazer primeiro ouvir o cliente descobrir o que você o que ele não não os que não o do seu concorrente, o seu cliente. Existe alguém aí fora que gosta da sua empresa. Que gosta do que você faz. Que gosta do que você prega. Do que você acredita. Esse cara tá aí. Quem é essa pessoa? O que ela gosta? O que aquela quer? O que ela pretende? Acho que é por aí a gente descobrindo isso você tem um grande caminho para inovar muitas vezes sem gastar dinheiro você inova com pequenas coisas que fazem diferença na vida dos outros. às vezes e às vezes passa por muitas vezes vai passar pela experiência né. Falei assim do equipamento o equipamento faz parte da experiência na e se preocupa só com equipamentos. Você precisa se preocupar com a experiência do cliente. Aí você envolve arquitetura envolve música envolve um monte de coisa que vai fazer a experiência se o cliente vai uma experiência consistente. Então acho que por aí ouviu o cliente, descobriu que isso é o que essa pessoa valoriza de verdade e oferecer isso de forma diferenciada. E aí é esse o caminho. Na minha opinião para você sair da vala comum, parar de brigar pelos professores da sociedade, parar de brigar por essas coisas e começar a inovar.

Randall
Valério muito obrigado pelo seu tempo e pela oportunidade de a gente ouvir um pouco sobre inovação sobre inquietação que é uma coisa que eu te conheço e há quase dez anos sei que isso é uma coisa que te move bastante essa coisa de não se contentar com o mesmo buscar incessantemente alguma maneira de proporcionar uma experiência incrível para o cliente e até para os colaboradores. Para você mesmo. Então eu acho muito legal que você tenha passado um pouco disso aí para gente nesse podcast te esperando que o pessoal goste do que ouviu e nos acompanhe. Que vem muito mais gente bacana por aí.